domingo, 11 de outubro de 2009

"Meias-verdades" - Capítulo 1: "A jovem loira, o ex-amigo e Alice"


Era uma fria tarde de domingo. Jorge caminhava distraidamente por aquela praça enfeitada com três bancos de madeira, alguns poucos postes de luz - e nem todos os postes estavam com as luzes acesas - e o chão carpeteado pelas folhas secas caídas das árvores que ali cercavam. Carregava em seus braços somente um pequeno caderno preto e um envelope branco visivelmente com algo dentro. O vento forte fazia juz à aparência séria do homem de 37 anos. Já era rotina para o fotógrafo ir frequentemente àquela praça ao alvorecer.

Caminhou até o centro da praça, onde avistou uma mulher loira, aparentemente bem nova, sentada em um dos bancos. Mascava chiclete e deixava à mostra os fones de ouvido devido ao cabelo preso em rabo de cavalo. Aos que olhavam de longe, parecia que os dois nunca haviam se visto e que o encontro de ambos era um acaso completo. Por um minuto, até Jorge pensara que continuaria sua caminhada sem parar para falar com a jovem loira, mas no instante em que o homem se posicionou em sua frente, a mesma se levantou. Após uma breve troca de olhares e um sorriso de canto de boca da moça, as primeiras e poucas palavras foram trocadas:

- Se atrasou hoje, hein, Jorge...
- Somente o necessário, Marina, por favor!
- Mas você não quer nem sa... - A frase não chegou a ser completada, pois a garota foi bruscamente interrompida por uma enfática e sonora negação como resposta para sua possível pergunta.
- Agora vá! Vá, anda logo! - disse Jorge após entregar o envelope à jovem loira.

O homem retornou em direção de onde viera e saiu amargurado da praça. As finas gotas de chuva começavam a cair, e quando Jorge virou o rosto para proteger-se da violenta mistura do vento forte junto à camada de chuva, Marina já não estava mais em seu campo de visão.

A sétima badalada acabava de acontecer no momento em que Jorge se encontrava entre a catedral e uma agência bancária da qual havia acabado de sair. Passou por uma livraria, uma farmácia, uma papelaria e por Carlos. No momento em que os olhos castanhos de Carlos passaram pelos olhos vermelhos de Jorge, tanto a livraria, quanto a farmácia e a papelaria pareciam ter sumido do mapa. O antagonismo entre os dois já era antigo e conhecido por todos da redondeza. O motivo, no entanto, lhes conto em breve...

Jorge apressara o passo para evitar qualquer confusão com aquele que um dia já fora seu amigo. Parou, ofegante, apoiando os braços em uma mureta sob o espelho da fachada de um prédio comercial. Olhando para si mesmo, Jorge se achou velho, infeliz, acabado. Queria livrar-se de sua amargura; Forçava-se a pensar em coisas boas; Precisava pensar em Alice.

Na verdade, nem preciso era. Alice era a íris dos olhos de Jorge; Alice era o nome de dez das dez coisas em que Jorge pensava diariamente; Alice era o ar e o coração de Jorge. Por um minuto, o fotógrafo fechou os olhos e imagens, vídeos e sons vieram à sua cabeça: Lembrou-se da primeira vez que vira Alice, do primeiro beijo entre os dois, do sorriso e da mexida de cabelo que faziam Jorge ficar encantado sempre que a mulher repetia os mesmos gestos... O homem achou-se idiota por continuar parado e não viu outra opção, senão ir para casa encontrar Alice e enchê-la de abraços, beijos e carinhos sem ter fim...

As lembranças recentes deram à Jorge o primeiro sorriso do dia, que permaneceu em seu rosto até o momento em que girou a maçaneta e abriu a porta de sua casa. O tal sorriso desapareceu com a mesma facilidade que havia surgido. Lentamente, Jorge entrou e se ajoelhou diante de um corpo branco e gélido como a neve; Apoiou-se sobre um coração sem batimentos; Olhou diante de olhos ainda abertos, porém sem movimento; Banhou-se em um rio vermelho do qual ele nunca imaginara e sequer gostaria de se banhar.

Não reparou nos objetos quebrados em sua sala, na faca caída ao chão próximo à cozinha, na janela aberta deixando esvoaçar sua cortina.

Era o corpo de Alice deitado no chão. Morta por fora, morta por dentro.
Era o corpo de Jorge debruçado sobre Alice. Vivo por fora, morto por dentro.


[CONTINUA...]


Por Pedro Henrique Castro.
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Passeata Gay em Washington


Marcha em Washington em defesa dos direitos de gays, lésbicas e transsexuais.

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Jovens fazem sexo em local público obrigados por policiais


Foram presos, nesta útima sexta, três policiais bolivianos. As prisões foram pautadas sobre as acusações de abuso de autoridade. A quadrilha, supostamente formada por sete policiais, obrigava jovens - homens e mulheres - a praticar sexo em um parque conhecido como "Bosquezinho do Pura Pura", um dos maiores em La Paz. 

Os policiais resposnsáveis pela segurança do parque realizavam os abusos sempre fora do horário de serviço. Os atos eram filmados e colocados na internet. Em alguns vídeos, há imagens de agentes obrigando os jovens a terem relações sexuais sob ameaça de prisão dos mesmos.

Mesmo com todas as evidências, os acusados se declaram inocentes.

Por Diego Nogueira

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Bolinhos "emaconhados" geram caos nos EUA


Foi detido, nesta última sexta (09/10), um estudante de 18 anos acusado por tráfico de drogas. Alga Sanders afirma ter colocado maconha dentro dos brownies para comemorar seu ultimo dia de aula em uma escola de Wakulla County, na Flórida (EUA). A guloseima foi distribuida para, pelo menos, oito alunos e dois professores.

Uma professora chegou a desconfiar do sabor do bolinho. Após uma análise técnica do alimento, foi constatado a presença da droga.

Sanders diz que seria divertido dar bolos com maconha e que não imaginava que tal brincadeira pudesse surtir efeitos negativos, inclusive a remoção de um dos companheiros de classe para o hospital.

Os demais estudantes retornaram para casa com seus pais e passam bem.

Por Diego Nogueira

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